Este diário de bordo representa algo menos e algo mais do que uma disciplina. É algo menos do que uma disciplina completa porque o mapa da contemporaneidade é de uma complexidade em dinâmica e contínua evolução; limitamo-nos aqui, portanto, a assinalar alguns aspectos salientes. Além disso, recorde-se que uma área de indagação oriunda do âmbito das ciências sociais e humanas - como esta área de aspectos do pensamento contemporâneo - obedece à seguinte lei intrínseca: a construção de um saber para o exterior (o indivíduo, a comunidade, a sociedade, o mundo) e a elucidação do sujeito que realiza essa construção são actos correlatos e coevos. É algo mais porque a aprendizagem não se restringe, nem a um programa, nem a objectivos pré-fixados e previsíveis. Aprender é a consubstanciação do próprio drama de existir. Um curso universitário é, desde sempre e também, um percurso vital. Assim, visite-se este volume ao modo de um mapa que convida a um espírito de itinerância aberta e de auto-descoberta. Nesta vida, cada leitor/a deve descobrir em si a sua própria bússola. Derradeira nota: pensar, tal como amar, pede um acto de entrega.