Sendo assim, docentes e alunos - bem como outros mártires desta modernidade que nos incumbe viver e, dentro dos possíveis, tornar viável - encontram-se nas trincheiras de uma humanidade ainda por inventar e amparar; situam-se na linha de frente de um agon que vai decidindo a toda a hora quem nós somos, qual a natureza da nossa liberdade e dignidade, como havemos de viver amanhã e o que devemos dizer uns aos outros em nome desse imperativo de sermos mais (do que hoje somos), visando sempre a verdadeira mobilidade transformadora - amorosamente destrutiva e/ou criativa - em radical contraste com essas forças de mobilização da Engrenagem. Recorde-se que a mobilização (que pertence à lógica da Engrenagem que nos esmaga) deixa no seu rasto a arregimentação da sensibilidade. Tal arregimentação acarreta, por sua vez, a redução - por definição, mutiladora - dos campos semióticos do ser ainda por imaginar. A Engrenagem quer obrigar-nos a ser menos do que humanamente somos e humanamente podemos chegar a ser.