Entre a forma "oficial" de canalizar os instintos sexuais para as funções "certas" da sexualidade genital e a natural tendência para a procura e a satisfação primária do prazer, a sexualidade acaba por fragmentar-se, de modo negativo, em especial quando as condições "exteriores" a isso ajudam. Num tempo de profundo apelo ao sexo, pretendemos, primeiro, desmistificar essa imagem da sexualidade como algo "instintivo" e "primário", que é preciso reprimir e dominar; depois, no domínio da delinquência sexual, analisar, comparar e investigar, para ajudar a proteger aqueles que têm escassas possibilidades de aceder à cidadania sexual activa.